Cuidados com a raça

   As principais doenças genéticas que acometem a raça e que conseguimos detectar através de testes laboratoriais:

*Late onset Ataxie-LOA (Ataxia de início tardio)
*Spinocerebellar Ataxia-SCA (Ataxia espinocerebelar)
*Juvenile Brain disease-JBD (Doença cerebral juvenil)
*Primary Lense Luxation-PLL (Luxação de Lente Primária)
*Degenerative Myelopathy (Mielopatia Degenerativa)

   Outra doença  que o Jack Russell pode sofrer é a luxação de patela, que é um problema no ligamento e muito comum em animais de patas curtas.

    Em nossos cães para as doenças genéticas, fazemos os testes em laboratório na Alemanha (Laboklin) e para a luxação de patela, os exames radiográficos. Tudo para eliminar a possibilidade de ocorrência das principais mazelas da raça em nossos filhotes.

O cão de pelo duro, tende a ter uma queda de pelo menor, pois devido ao seu pelo ser de maior comprimento (alguns o chamam Jack Russell pelo longo, mas o correto é pelo duro) ele ter um período de vida maior. Mas é importante ter o cuidado realizando uma rotina de hand-stripping para manter a saúde do pelo do cão.

Usamos como base para o estudo da raça e das características de um bom Jack Russell Terrier a preleção elaborada pela australiana Rita Francis Little, que foi criadora e juíza da raça e de terriers. Rita teve papel importantíssimo no desenvolvimento do Jack Russell moderno e na promoção da linhagem australiana por todo mundo. Essa deve ser a "Bíblia" do criador sério da raça! Abaixo você pode ver a preleção na íntegra que foi traduzida por nós para o idioma português.

O cão de pelo liso, conhecido como "pelo curto", tem uma menor preocupação com seu cuidado, sendo necessário somente a escovação regular (cerca de duas vezes por semana). Entretanto, é observado uma queda maior de pelos, pois o ciclo de vida do mesmo é menor devido ao seu comprimento reduzido. Mas nada que não seja o normal de qualquer cão de pelo "curto". Alimentação adequada com ração super premium melhora muito a saúde dos pelos e sua queda antecipada.

  A pelagem de cães de pelo duro se renova quando esse pelo envelhece e cai. Isso ocorre umas 2 vezes por ano. Após esse ciclo, um novo pelo duro nasce no local e assim a pelagem é naturalmente renovada. 

  Na natureza muitos animais trocam sua pelagem simplesmente perdendo a pelagem “velha”. Mas, como eles fazem isso? Principalmente se escovam contra os galhos mais baixos de arbustos e árvores, e assim, conseguem arrancar os pelos primários pela raiz dando passagem para o próximo ciclo de pelos. Indicamos o o hand-stripping como método correto de "tosar" os cães de pelo duro, pois, com esse método estaríamos simplesmente ajudando a remover os pelos primários já velhos e prestes a cair.

  A "tosa" incorreta das raças terriers é a causa mais comum do início dos problemas de pele. Segundo veterinários especialistas, o micro clima normal da pele adjacente fica alterado com o excesso de pelo. Por isso, o hand-stripping não é um procedimento reservado apenas para os cães de exposição, mais sim para todos os cães de pelo duro.

  Portanto é necessário desmistificar a ideia de que o hand-stripping é uma “depilação desnecessária”. A pelagem dos terries é naturalmente preparada para o processo de reciclagem de pelos. Se feito com cuidado, a técnica auxilia no microclima da pele e na renovação da pelagem. E por isso, recomendamos sempre procurar profissionais especializados! No Rio de Janeiro indicamos o Leonardo Gomes, excelente profissional que já foi premiado em diversos campeonatos de groomers (termo inglês para tosadores). Ele é quem faz a manutenção dos nossos cães de pelo duro, que deve ser iniciada aos 50 dias de vida, para que o animal se habitue com o manejo do seu pelo.